Hospitais filantrópicos fazem movimento para sobrevivência

Hospitais filantrópicos fazem movimento para sobrevivência no Paraná

Redação Tarobá News

há 14 dias

O crescimento do déficit dos hospitais dura mais de duas décadas, levando os hospitais a um alto endividamento, em mais de R$ 20 bilhões, sucateamento das suas estruturas físicas e tecnológicas, situação que foi agravada durante a Pandemia do COVID-19 e persiste com cenário irreversível de caos, principalmente no abastecimento de materiais e medicamentos com preços elevadíssimos, além da inflação que persegue os custos dos nossos hospitais letalmente.

No Paraná são 147 hospitais filantrópicos, responsáveis por 54% de todos os atendimentos do SUS no Estado e mais de 70% dos atendimentos SUS de alta complexidade. A Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (FEMIPA) congrega 71 Santas Casas e hospitais filantrópicos, e suas afiliadas ofertam, ao SUS, 8.489 leitos de internação e 855 leitos de UTI, protagonizando o Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Estado.

“Essa é uma situação que se arrasta há muitos anos em todo o país, e aqui em Londrina não é diferente, infelizmente os recursos não cobrem as despesas. A demanda tem aumentado ano após ano e o déficit só aumenta. Apesar de todos os esforços da prefeitura, que realiza a gestão plena dos recursos, é um problema sistêmico que tem origem na esfera federal”, diz o superintendente do Hospital Evangélico de Londrina, Eduardo Otoni.

Hoje, somente no HE, o déficit do SUS ultrapassa os R$ 2,5 milhões mensais.  São realizados mais de 1.500 atendimentos ao SUS, bem acima do contratualizado, pacientes de toda a região norte do Paraná.

Esta é uma situação que se agrava dia após dia com o aumento do extra-teto, que se encontra hoje em mais de R$ 20 milhões. “Apoiamos a campanha da CMB e FEMIPA, é um tema de extrema importância e urgência e que necessita do apoio de toda a sociedade”, complementa Eduardo Otoni.

Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas dispõem no país de 169 mil leitos hospitalares e 26 mil leitos de UTI, sendo que em 824 municípios do Brasil, as Santas Casas e os Hospitais Filantrópicos são o único equipamento de acesso ao cuidado e à assistência em saúde, com uma representatividade ao SUS nacional de 70% do volume assistencial da alta Complexidade e 51% da média complexidade.

Anualmente faz mais de 5 milhões de internações, 1,7 milhão de cirurgias e mais de 280 milhões de atendimentos ambulatoriais. Dependem economicamente destas instituições mais de 3 milhões de pessoas, com vínculo direto e indireto.

Campanha

Com o endividamento nacional dos hospitais chegando na casa dos R$ 20 bilhões, a Confederação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas – CMB, representando 1.824 Hospitais Filantrópicos brasileiros, lança a campanha “Chega de Silêncio!”. Mobilizando gestores e Profissionais de saúde a expor a crise da maior rede hospitalar do SUS. O objetivo é apresentar aos brasileiros o tamanho dos desafios que essas instituições enfrentam e que se intensificam a cada dia, nessa relação dos hospitais com o Sistema Único de Saúde (SUS).

Para a campanha, a CMB e suas Federações, entre elas a Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado do Paraná (FEMIPA), programaram uma série de ações no mês de abril para mobilizar gestores, hospitais, profissionais de saúde, sociedade civil, pacientes, o Parlamento e o Executivo brasileiro.

Descompasso com a realidade

Desde o início do plano real a tabela SUS e seus incentivos foi reajustada em média em 93,77%, enquanto o INPC foi 636,07%, o salário-mínimo foi 1.597,79% e o gás de cozinha 2.415,94%. Este descompasso brutal representa 10,9 bilhões de reais por ano de desequilíbrio econômico e financeiro na prestação de serviço ao SUS, de todo o segmento.

Para que não ocorra a desassistência da população, as Santas Casas e hospitais filantrópicos requerem a alocação de recursos na ordem de R$ 17,2 bilhões, anualmente, em caráter de urgência, como única alternativa para cumprir as obrigações trabalhistas e para a imprescindível adequação ao equilíbrio econômico e financeiro.

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